sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

BLINDAGEM ESPIRITUAL

Do livro “CHEGOU A HORA... E AGORA? De Saara Nousiainem – Transição Planetária – Editora Aliança
Passam séculos e reencarnações. Somam-se milênios. Mas, nossos ganhos evolutivos não acompanham a marcha do tempo e, agora, já no encerramento deste ciclo planetário, precisamos realizar verdadeiras transformações interiores para dar um salto em nossa evolução. Isso é necessário, se quisermos acompanhar o progresso do nosso planeta, em transição para um novo modelo.
Neste período crítico, da transição planetária, importa cuidarmos com a máxima atenção da nossa proteção espiritual. Se colocamos grades, trancas e fechaduras em nossas casas, no intuito de nos livrarmos de ladrões e assaltantes encarnados, da mesma forma devemos ter cuidado com nossa “casa espiritual”, ou seja, nossos diversos corpos e o campo áurico que se forma em torno de nós.
Podemos fazê-lo, criando em nós, e ao nosso redor, uma blindagem vibratória que evite a passagem de energias incompatíveis e possa sustar ataques de desafetos espirituais e de inimigos da luz.
Essa blindagem é particularmente importante para os médiuns, em virtude de maior abertura psíquica que possuem para a dimensão espiritual; também é importante para todos aqueles cujas atividades possam contrariar as pretensões dos inimigos da luz.
Importante lembrar que ressonâncias do passado reencarnatório também fragilizam essas defesas. Nesses casos, o esforço para fortalecê-las deve ser redobrado.
As melhores práticas que ajudam a formar a blindagem espiritual e, ao mesmo tempo, representam excelente suporte para quem se propõe a construir e cimentar a própria evolução são as seguintes:
Mentalizar sempre a “a Divina Presença de Deus” em nós ligando-se mentalmente à nossa luz interior, presença de Deus, lembrando que o Mestre disse: “Sois luzes, sois deuses”.
Desenvolver a amorosidade: Observar as pessoas que lhe parecem menos favorecidas, como as que enfrentam dificuldades pela sua pobreza material. As fisicamente feias, idosas, as deficientes físicas, as que parecem tristes e também as que lhe pareçam más... E envolva-as numa vibração de carinho, de afeto, de soerguimento, como se estivesse abraçando todas as pessoas da Terra envolvendo-as em amorosidade, em sentimentos de paz, saúde e prosperidade.
O bom olhar: Jesus ensinou: Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso. Mas se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. (Mateus 6:22-23).
Criticar ou julgar: Sempre que sentir vontade de criticar ou julgar, mudar o padrão de pensamento desenvolvendo um sentimento de amorosidade por si mesmo, pelo seu entorno e, finalmente, por quem deseja criticar.
No trânsito: Seja dirigindo um veículo ou espremido num ônibus ou trem, ao invés de se aborrecer, desenvolva um sentimento de gratidão e amorosidade por si mesmo, desde os pés até a cabeça.
Reclamações: Quando tiver vontade de reclamar de qualquer coisa que você não pode mudar, eleve seu pensamento ao Alto, e desenvolva um sentimento de gratidão e amorosidade por si mesmo, pelas suas roupas, sejam elas de grife ou de camelô, Sinta amor por tudo que há no seu entorno. Pense na Humanidade, tão carente de afeto, e peça às Forças Cósmicas do Amor para envolverem a Terra e vibrarem amorosidade nos corações de todos os Espíritos encarnados e desencarnados.
Depressão: Quando se sentir triste, depressivo, ao invés de continuar mergulhado nesse pântano, comece a desenvolver um sentimento de amorosidade e gratidão por si mesmo, pelos pés, pernas, corpo, com todos os seus órgãos, os braços, o pescoço e a cabeça. Ame-se!
Peça às Forças Cósmicas do Amor para te envolver em sentimentos de vibrações amorosas e gratidão, dizendo: Que esse amor vibre em todo o meu Ser, refletindo-se em meu campo magnético, tornando-o mais forte, vibrante, luminoso.
Peça também para envolverem o nosso Planeta em energias de amor vibrando nos corações de cada espirito, encarnado e desencarnado, pacificando a humanidade e predispondo-a ao bem e à fraternidade.
Olhar do bom jardineiro: Sempre que puder, observe algumas pessoas ao seu redor e acolha-as no seio da sua afeição. Ao invés de olhá-las de maneira critica, faça-o com o “olhar do bom jardineiro”, que enxerga as flores e os frutos ocultos nas árvores, ou seja, os bons sentimentos que se encontram na intimidade de cada ser.
Lembrando que nesse Espirito também vibra a centelha divina do Criador, envie a ele o seguinte pensamento: “Que Deus te abençoe e que a Sua luz guie os teus passos em toda a sua vida”. Seja Feliz!
No chuveiro: Sinta a presença divina em si mesmo, nos mistérios de sua alma, vibrando amor, harmonia, equilíbrio, paz, alegria e bem estar.
Mentalize a água como sendo o poder de Deus, um fluido magnético descendo sobre você, penetrando em sua cabeça e descendo pelo seu corpo, lavando todas as impurezas psíquicas, limpando todo o seu ser de qualquer negatividade.
Autopasse: Há uma gama imensa de desconfortos e sofrimentos que podemos ter quando nosso sistema energético se encontra carregado com energias incompatíveis. Também a irritação, o desanimo, o mau humor e os estados depressivos geralmente indicam a presença dessas energias. Esse é um estado bastante propício para espíritos malfeitores conseguirem nos influenciar.
Nesses casos, o auto passe pode ajudar, e muito, porque ele funciona eficientemente como instrumento de limpeza e reequilíbrio do nosso sistema energético. Na prática, podemos sentir com absoluta segurança os seus efeitos.
Conforme vamos progredindo nessa concentração, procurando elevar nossos pensamentos e sentimentos durante seus movimentos, todas as reações negativas vão desaparecendo.
OBSERVAÇÃO: Todos estes exercícios devem ser praticados constantemente, em qualquer tempo e lugar, por causa do seu forte potencial de energias que elevam a frequência vibratória e ajudam a equilibrar e desbloquear o sistema energético.
BOA PRÁTICA...


domingo, 26 de janeiro de 2014

A Epífise

 É a glândula  da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. O neurologista comum não a conhece bem. O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde os segredos. Os psicólogos vulgares ignoram-na .Freud  interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da "libido", no estudo da indisciplina congênita da humanidade. No período de desenvolvimento infantil , fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações.
Aos 14 anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte e válvula de escapamento. A Glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura a recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas em outra época, que reaparece sob fortes impulsos.
As glândulas genitais segregam os hormônios do sexo, mas a glândula pineal,  se me posso exprimir assim, segrega "hormônios psíquicos", ou "unidades força" que vão atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras. 
Segregando delicadas energias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endócrino. Ligada a mente por princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares., e sob sua direção efetuam-se  os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos.
Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta. De modo geral, todos nós, agora ou no pretérito, viciamos esse foco sagrado de forças criadoras, transformando em um ímã relaxado, entre as sensações inferiores de natureza animal.
A vontade desiquilibrada desregula o foco de nossas possibilidades criadoras. Daí procede a necessidade de regras morais para quem de fato se interesse pelas  aquisições eternas nos domínios do Espírito.
Livro; Missionários da luz, André Luiz-Chico Xavier, págs 20-21

 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Paciência Maternal



Enquanto a história relaciona a intervenção de fadas, referindo-se aos gênios tutelares, aos palácios ocultos e às maravilhas da floresta desconhecida, as crianças escutam atentas, estampando alegria e interesse no semblante feliz. Todavia, quando o narrador modifica a palavra, fixando-a nas realidades educativas, retrai-se a mente infantil, contrafeita, cansada...Não compreende a promessa da vida futura, com os seus trabalhos e responsabilidades.
Os corações, ainda tenros, amam o sonho, aguaram heroísmo fácil, estimam o menor esforço, não entendem de pronto, o labor divino da  perfeição eterna e, por isso, afastam-se do ensinamento real, admirados, espantadiços. A vida, porém, espera-0s com as suas leis imutáveis e revela-lhes a verdade, gradativamente, sem ruídos espetaculares, com serenidade de mãe.
Mas se os emissários do plano superior revelam alguns ângulos da vida espiritual, falando-lhes do trabalho, do esforço próprio, da responsabilidade pessoal da luta edificante, do estudo necessário, do auto aperfeiçoamento, não ocultam a desagradável impressão. Contrariamente às suposições da primeira hora, não enxergam o céu das facilidades , nem a região dos favores, não divisam acontecimentos milagrosos, nem observam a beatitude repousante. Em vez do paraíso próximo sentem-se na vizinhanças de uma oficina incansável , onde o trabalhador não se elevará pela mão beijada do protecionismo, e sim a custa de si mesmo, para que deva à própria consciência a vitória ou a derrota.
A maioria espanta-se e tenta o recuo. Pretende um céu fácil, depois da morte do corpo, que seja conquistado por meras afirmativas doutrinais.
Ninguém contudo, perturbará a Lei divina; a verdade vencerá sempre e a vida eterna continuará ensinando, devagarinho, com paciência maternal.
(prefácio do livro Missionários da Luz, por Emmanuel)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A felicidade de Bezerra de Menezes


Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.
Ele respondeu-me:
-A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente:
-Bezerra, acorde, Bezerra!
Abri os olhos e vi-a bela e radiosa.
-Minha filha, é você Celina ?
-Sim, sou eu meu amigo. A mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora, Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos  das hostes espíritas que me vinham saudar. Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora. Então Celina me disse:
-Venha ver, Bezerra.
Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.
-Quem são, Celina? Não conheço ninguém. Quem são?
-São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles espíritos atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da Terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles que o vêm saudar no pórtico da eternidade...

E o Dr. Bezerra concluiu:
-A felicidade sem limites existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.
 

O processo do pensamento

Conceito de pensamento

"A partícula do pensamento, pois, como corpúsculo fluídico, tanto quanto o átomo, é uma unidade na essência, a subdividir-se, porém, em diversos tipos, conforme a  quantidade, comportamento e trajetórias dos componentes que a integram. E assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria textura passiva, entretanto, diante da inteligência que a mobiliza para o bem ou para o mal, a partícula do pensamento, embora viva e poderosa na composição em que se derrama do espírito que a produz, é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza para o bem ou para o mal, convertendo-se , por acumulação, em fluído gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo , alimentício ou esgotante, vivificador ou mortífero, segundo a força do pensamento que o tipifica e configura, nomeável, à falta de terminologia equivalente por "raio de emoção", ou "raio do desejo", força essa que lhe opera a diferenciação de massa e trajeto, impacto e estrutura."
(André Luiz- Evolução em Dois Mundos, Cap. XIII)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A prece


A prece é a expressão mais alta de comunhão de Almas. Considerada sob esse aspecto. ela perde toda a analogia com as fórmulas banais, os recitativos monótonos em uso, para se tornar um transporte do coração, um ato da vontade, pelo qual o Espírito se desliga das servidões da Matéria, das vulgaridades terrestres, para perscrutar as leis, os mistérios do poder infinito, e a ele submeter-se em todas as coisas: "Pedi e recebereis"! Tomada nesse sentido, a prece é o ato mais importante da vida; é a aspiração ardente do ser humano que sente sua pequenez e sua miséria e procura, pelo menos um instante, por as vibrações do seu pensamento em harmonia com a sinfonia eterna.
Onde estivermos, em qualquer momento, haverá um meio de ajudar ao semelhante. E de que a prece é o meio mais eficaz  quando se deseja ser útil, especialmente quando nos faltem quaisquer outros recursos.
(Trecho do livro de  Léon Denis, O Grande Enigma)

"Laboratório do Mundo Invisível"



Sabemos, através da Doutrina Espírita, especificamente na parte que trata da mediunidade que, quando se realiza uma palestra, seja no Centro Espírita ou local público, enquanto o orador discorre sobre o tema, uma série de ocorrências se verifica no plano espiritual. Vários autores espirituais têm relatado esses acontecimentos, pois os Espíritos aproveitam os momentos de elevação para auxiliarem mais diretamente os encarnados e desencarnados.
Atendimentos diversos, tratamento espiritual, encaminhamento de Entidades, desligamento de Espíritos perseguidores ou daqueles eventualmente vinculados aos circunstantes e até cirurgias são realizadas durante a exposição, utilizando-se, os Benfeitores Espirituais, de recursos variados desde a criação de painéis fluídicos com cenas que têm vida momentaneamente, até quadros que propiciem lembranças pretéritas  a Entidades que disto necessitem.
É o "Laboratório do Mundo invisível", de que nos fala Allan Kardek, no Cap. VIII de O Livro dos Médiuns e do qual São Luís nos dá notícias detalhadas.
Diante disso podemos imaginar  as tantas providências da Espiritualidade Maior, antecedendo ao momento da palestra.
Livro: O Semeador de Estrelas, págs. 138-139)

Casos do Chico

Caridade e Mudança de Vida

Em 1928, um mendigo cego sofreu um acidente ao cair de um viaduto, numa altura de quatro metros, e foi levado por algumas pessoas até o centro Luiz Gonzaga para que lhe dessem ajuda. Chico fez o que pôde pelo pobre homem, ajudando-o à noite (o período em que tinha tempo para isso). Apesar da assistência dada pelo médium, o acidentado precisava de cuidados durante o dia. Assim, Chico publicou uma nota no jornal semanal de Pedro Leopoldo pedindo ajuda, independentemente de serem católicos, espíritas ou ateus. Seis dias depois, surgiram no local duas conhecidas meretrizes da cidade, dizendo que tinham lido o pedido e estavam dispostas a ajudar. E o fizeram, ficando durante o dia com o enfermo e saindo quando Chico retornava. Antes de irem embora, oravam com ele. O cego ficou melhor depois de um mês e, quando Chico terminou uma oração de agradecimento, os quatro choraram, e uma das mulheres disse a ele que a prece havia modificado suas vidas. As duas estavam se mudando para Belo Horizonte para trabalhar. Uma foi trabalhar numa tinturaria, e a outra se tornou enfermeira.
(Site: Portal do Espírito- Revista Espiritismo e Ciência)
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Pensamento e Vontade

"As ondas mentais exteriorizadas pelo cérebro mantém firme intercâmbio em todos os quadrantes da Terra e fora dela. Pensamentos atuam sobre homens e mulheres desprevenidos, e a sugestão campeia vitoriosa aliciando forças positivas ou negativas com as quais sintonizam, em lacerantes conúbios dos quais nascem prisões e surgem alvarás de liberdade, por onde transitam opiniões, aspirações, anseios."
Merece relembrado o conceito do Nazareno: "Onde estiver o tesouro aí o homem terá o coração", o que equivale dizer que cada ser respira o clima da província em que situa os valores que lhe servem de retentiva na retaguarda ou que se constituem asas de libertação para o futuro.
Pensamento e Vontade - eis as duas alavancas de propulsão ao infinito e, ao mesmo tempo, os dois elos de escravidão nos redutos infelizes e pestilentos do "inferno" das paixões.
(Manuel Philomeno de Miranda, pela psicografia de Divaldo Franco, no livro Semeador de Estrelas, pág.122)
 

Amizade

A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor.
 
Postado por Rosani Beraldo Leite

sábado, 18 de janeiro de 2014

Mentores

Muitos confundem as tarefas e missões dos Guias Espirituais, dos Espíritos protetores, julgando que lhes cabe o papel de arredar da estrada humana todas as pedras e obstáculos, favorecendo e facilitando a caminhada , que deveria ser assim um passeio feliz no campo da fantasia e da ilusão.
Mesmo no meio espírita, quantos julgam ser da competência de seus Guias e Mentores o afastamento de lágrimas e sofrimentos e de quaisquer testemunhos provacionais. Quando a coisa não vai bem, quando a vida torna-se difícil, quando há empeços e os problemas aumentam, o entusiasmo e a fé , não raro esmorecem, pois costuma-se pensar que aquele que se dedica ao bem, que persevera nas atividades, que frequenta o Centro Espírita assiduamente, que é médium e exercita a sua faculdade nas reuniões apropriadas, está livre de doenças, está vacinado e imune aos assédios negativos.
A experiência, porém vem provar através dos tempos e dos próprios ensinos de Jesus, que aquele que inicia a escalada  torna-se alvo preferido dos que ainda se demoram nos vales.
Evidentemente que os mentores permanecem zelando durante todo o tempo, minimizando os conflitos, amparando e dando forças ao médium, todavia não pode e não deve interferir. Ele bem conhece todo esse ingente processo de conquista, que se faz, a partir do reencontro de corações do exercício sublime do amor e do perdão.
Livro: O semeador de estrelas, pág. 118

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Fixação Mental

As almas e as coisas, cada qual na posição em que se situam, algo conservam do tempo e do espaço, que são eternos na memória da vida.
Ao lado de extensa galeria, dois homens e três senhoras admiravam singular espelho, junto ao qual se mantinha uma jovem desencarnada com expressão de grande tristeza.
Uma das mulheres teve palavras elogiosas para a beleza da moldura, e a moça desencarnada, na feição de sentinela irritada, aproximou-se tateando-lhe os ombros. A mulher tremeu, involuntariamente, sob inesperado calafrio, e falou para os companheiros:
-Aqui há um estranho sopro de câmara funerária. É melhor que saiamos...
Confiou-se o grupo a manifestações de bom humor e retirou-se acompanhando-a noutro rumo.
A entidade parecia contente com a solidão e passou a contemplar o espelho, sob estranha fascinação.
Por que a jovem se interessava com tanta ânsia, por um simples espelho?
Este espelho originalíssimo, foi confiado à jovem por um rapaz que lhe prometeu casamento. Era filho de franceses asilados no Brasil, ao tempo da França Revolucionária de 1791. Menino ainda, aportou no Rio e aí cresceu e se fez homem. Encontrou-a  e conquistou o coração. Quando arquitetavam  projetos de casamento, depois da mais íntima ligação afetiva, a família estrangeira, animada com os sucessos de Napoleão, na Europa, deliberou o retorno à Pátria. O moço pareceu desolado, mas não desacatou a ordem paterna. Despediu-se da noiva e lhe implorou que guardasse a peça  como lembrança  até que pudesse voltar, e serem então felizes para sempre...Contudo, distraídos na França pelos encantos de outra mulher, não mais regressou...Depressa esqueceu responsabilidades e compromissos, tornando-se diferente. A pobrezinha no entanto , fixou-se na promessa ouvida e continua a espera-lo. O espelho é o penhor de sua felicidade.
Imagino a grande viagem que terá feito no tempo, vigiando-o como sendo propriedade sua, até que a lembrança viesse por fim repousar no museu.
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Examinando a harmonia da Lei, é provável que o moço que empenhou a palavra, provocando a fixação mental desta criatura, reencarnados hoje ou amanhã, possivelmente um dia virão até aqui, tomando por filha ou companheira, no resgate do débito contraído.
(Livro: Nos domínios da mediunidade, págs.283-285)

Prece

-Senhor Jesus!
Faze-nos dignos daqueles que espalham a verdade e o amor!
Acrescenta os tesouros da sabedoria nas almas que se engrandecem no amparo aos semelhantes.
Ajuda aos que se despreocupam de si mesmos, distribuindo em Teu Nome a esperança e a paz...
Ensina-nos a honrar-te os discípulos fiéis com o respeito e o carinho que lhes devemos.
Extirpa do campo de nossas almas a erva daninha da indisciplina e do orgulho, para que a simplicidade nos favoreça a renovação.
Não nos deixes confiados à própria cegueira e guia-nos o passo, no rumo daqueles companheiros que se elevam, humilhando-se, e que por serem nobres e grandes, diante de Ti, não se sentem diminuídos, em se fazendo pequeninos, a fim de auxiliar-nos...
Glorifica-os, Senhor, coroando-lhes a fronte com os teus lauréis de luz!...
(André Luiz)

Aos Servidores do Mestre

No mundo em que estamos, quem quer viver na luz para levá-la a toda parte, aos mais recônditos cantos do coração humano, não o conseguirá sem o imprescindível tributo pela ousadia de enfrentar as trevas. É fazer da própria existência a "candeia viva", onde os óleos do bem e do amor, do ideal de servir a Jesus, permaneçam ardendo para que haja luz. E a candeia que se acende, que brilha para iluminar caminhos, não tem outro anseio senão o de consumir-se para que a luz se faça.
Livro: Semeador de Estrelas- Suely C.Schubert

sábado, 11 de janeiro de 2014

Participação das crianças no Culto do Evangelho no Lar

O mundo, ou seja, o planeta Terra está passando por grandes transformações. Vemos isso todos os dias estampados nos jornais, TV, no rádio, revistas etc. Dificuldades de toda ordem aparecem e precisamos saber lidar com elas, principalmente quando envolvem relações interpessoais  e  dentro de nossos próprios lares.

Sabemos que a família não é somente um grupo de seres ligados  por laços consangüíneos, mas uma reunião de espíritos unidos pelas necessidades de resgate e reconciliação. Daí ser imperioso tornar o lar em um ambiente de harmonia  e paz para assim poderem levar até o fim os compromissos assumidos  na espiritualidade antes de se reencarnarem.

O compromisso é de todos. Todos podem e devem colaborar para que a harmonia no lar aconteça inclusive às crianças. E uma das formas é a prática do Cultivo do Evangelho no Lar feito por todos os membros da família.

As crianças desde o berço podem e devem estar presente no momento do Evangelho no Lar. Sua participação vai variar conforme a idade: desde bem pequenas devem ser incentivadas a participar, fazendo a prece, os comentários e as vibrações, e quando souberem ler, poderão realizar a leitura. Os adultos devem incentivar a participação das crianças explicando a elas o que acontece naquele momento de estudo e reunião em família.

Existe também na literatura espírita vários livros que auxiliam na realização do Evangelho no Lar, principalmente  quando há  presença de crianças. Cito um, dentro outros que existem: É Hora do Culto de  Marcelo Oliveira Orsini
Em uma linguagem simples e objetiva, utilizando cenário do cotidiano de uma família, reúne diálogos entre pais e filhos na transmissão dos ensinos  do Evangelho à Luz do espiritismo. Tanto verdade é que, deixo  aqui o comentário de Julia uma aluna da Evangelização Infantil que  já  faz o Evangelho em casa com a família - “Com esse livro fica mais fácil de entender.” Fica claro então que quando na presença de crianças, devemos procurar meios para tornar o Culto o Evangelho no Lar “prazeroso”, sem fugir é claro do conteúdo doutrinário.
A pratica do Evangelho no Lar deve ser cultivado porque proporciona o equilíbrio no ambiente domestico, e nos haurimos forças para enfrentar as vicissitudes da vida.


Maria Lucia Mendes Carigo de Lima
(Coordenadora da Evangelização Infanto Juvenil)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Biografia: Cairbar Schutel

CAIRBAR DE SOUZA SCHUTEL 1868-1938 Nasceu em 22 de setembro de 1868, à rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro, sendo neto de suíços-franceses a desencarnou no dia 30 de Janeiro de 1938.
Aos nove anos viu-se órfão de pai, e, seis meses após, sua mãe desencarnou em consequência de um parto. O seu avô, Dr. Henrique Schutel tomou-o aos seus cuidados, matriculando-o no Colégio Pedro II, onde estudou até a segunda série.
Na escola não foi um bom aluno; era irrequieto e travesso. Entretanto, quando decidia tirar boas notas, ninguém o alcançava.
Muito cedo fugiu de casa, decidido a não estudar mais, indo para a residência de uma irmã de criação. Nessa época, sentindo-se adulto, empregou-se numa farmácia, e assim estaria escolhida a profissão que conservaria por toda a vida.
Mudando de ambiente, mudou radicalmente de vida. Aos 17 anos já era um farmacêutico prático de respeito; ativo, honesto e inteligente, captava a confiança integral dos patrões.
Afastando-se do Rio de Janeiro, esteve trabalhando em Piracicaba e em Araraquara, dirigindo-se finalmente para Matão, onde se radicou. Sempre voltado ao trabalho, deu um grande impulso à cidade, que, graças à sua influência benéfica, foi elevada à condição de município em 1899, tendo sido Cairbar o seu primeiro prefeito; com os seus próprios recursos, construiu o prédio da Câmara Municipal.
A sua conversão ao Espiritismo foi um processo lento e cauteloso. Após ter recebido uma mensagem de D. Pedro II, em uma sessão na casa do Dr. Calixto de Oliveira, que o alertava sobre a sua importante tarefa, mandou buscar no Rio os livros básicos da Codificação, e, em 15 de julho de 1905, fundou o Centro Espírita Amantes da Pobreza, um ano após sua conversão.
Como era de esperar, os combates contra ele não tardaram. O padre João Batista Van Esse, ultramontano e reacionário, foi o seu primeiro desafeto gratuito.
Insensível aos ataques, trabalhava incessantemente no atendimento aos necessitados, quer como farmacêutico, quer como dirigente do Centro Espírita. Em 15 de agosto de 1905 lançou o jornal O Clarim, até hoje em circulação por todo o Brasil.
Impossibilitado de enfrentar o grande espírita, Van Esse solicitou o concurso de arcebispos a padres que vieram do exterior sem nada conseguir. Desesperado, chamou Schutel a debates públicos, organizou um boicote a sua farmácia, a conseguiu uma ordem política para fechar o Centro. Cairbar jamais se atemorizou. Aos argumentos opunha argumentos mais fortes e à violência respondia com amor.
Vencido, Van Esse foi transferido para Araraquara. Ao partir dirigiu-se à residência de Schutel para as despedidas:
- Schutel, vim despedir-me!... Brigamos e nenhum logrou convencer o outro. Eu, entretanto, estou convencido de que você é um homem de bem...
Pudera! Não fosse eu espírita... ...Sincero em sua crença.
Claro. Não defendesse eu a verdade!
A verdade - replicou Van Esse - penso estar comigo
Mas não discutamos agora. Vou deixar Matão. Não quem levar nem deixar ressentimentos.
De mim não levará nenhum, porque o espírita perdoa sempre.
- Perdoemo-nos, um ao outro, os nossos excessos, suplicou Van Esse.
- Por mim, tudo desculpado, embora os excessos não partissem de mim...
- Fiquemos bons amigos...
- Bons amigos a irmãos em Cristo, embora cada um O procure por caminho diferente.
- Você é um homem de bem, finalizou Van Esse.
Cingiram-se num forte abraço a Van Esse oferece a Cairbar uma Bíblia com expressiva dedicatória.
Schutel realizou um trabalho magnífico junto aos obsidiados, recolhendo-os em seu próprio lar.
Em 1912 chegou a alugar novas dependências para abrigá-los.
Casou-se, mas não teve filhos. Sua esposa, dona Maria Elvira da Silva, acompanhou-o em suas tarefas, e desencarnou em 1.918.
Em 25 de fevereiro de 1925 saiu o primeiro número da revista Internacional de Espiritismo, fundado por Cairbar Schutel. Durante muitos anos atuou como conferencista, percorrendo diversas cidades.
Sua obra literária, que totaliza 15 títulos, abrange os três aspectos doutrinários: Histeria e os Fenômenos Psíquicos, Médiuns e Mediunidade, Gênese da Alma, O Diabo e a Igreja, Materialismo e Espiritismo, Parábolas a Ensinos de Jesus, O Espírito do Cristianismo, Vida a Atos dos Apóstolos, Interpretação Sintética do Apocalipse, O Batismo e outros.
Desencarnou aos 70 anos, no dia 30 de janeiro de 1938, às 16h 15. Vinte minutos após o seu passamento, Urbano de Assis Xavier sentiu a sua presença: "Urbano, conforte o pessoal, estou
satisfeitíssimo!".
No dia seguinte, pela manhã, quando seu corpo estava para ser trasladado, Schutel comunicou-se através de Urbano: - "Não queria comunicar-me para não desgastar mais o Urbano, mas, eu que preguei tanto a vida após a morte, aqui estou para dar o testemunho da imortalidade...”. E confortou a todos conversando tom grande emoção e firmeza.



 

As dimensões da evolução

"A evolução não é um subir confuso, desordenado, caótico: é um movimento perfeitamente disciplinado sem possibilidade de enganos nem improvisações." (Pietro Ubaldi)
Primeira Dimensão:
A vida dos primeiros seres humanos era totalmente voltada para a sobrevivência. Sua vida tinha uma dimensão: a linha, ou seja; somente um caminho a seguir, seja tortuoso ou não esse caminho. Sua pretensão era chegar onde suas necessidades fossem saciadas, e dentro desse aspecto seus sentidos eram muito apurados; a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato.
A percepção de uma dimensão deve ser entendida como não perceber outras dimensões, como se caminhasse sem olhar para os lados ou para cima, não por opção mas pelas próprias necessidades.
Segunda Dimensão:
Em termos físicos podemos dizer que a segunda dimensão é o plano. Ela passa a ser compreendida pelo ser humano no momento em que se torna Homem das Cavernas. Para compreender isso vamos imaginar que estamos atrasados para chegar a um determinado lugar, e portanto o nosso caminho é o mais direto possível. Ao chegarmos não teremos condições de dar detalhes sobre o caminho percorrido, pois não agregamos conhecimentos à nossa caminhada.
Terceira Dimensão:
Esta se constitui da segunda dimensão (o plano) acrescida de uma nova dimensão, a altura.
A terceira dimensão inclui, em sua compreensão, projetarmo-nos fora da matéria. Esta fase se apresenta na vida em tribos, aldeias, agrupamentos onde existem os chefes, os líderes, os pajés, muitos deles com o poder de se relacionar ou se contatar com os deuses.
Compreender  e sentir a terceira dimensão significa que não é somente uma dimensão física, mas ela é em parte imaterial.
Quarta Dimensão:
É o Espaço que pela ação do efeito gravitacional dos corpos celestes existentes, sofre distorções e essas distorções obedecem a um equacionamento que tem o fator tempo como componente
Quinta Dimensão:
Esta não existe no campo da matéria, nem tem relação direta com ela. É a segunda dimensão da energia.
À medida que a razão for se tornando desnecessária, por praticarmos as virtudes à medida que não tivermos dificuldades em tomar decisões corretas, entenderemos com mais facilidade os fatos, aceitaremos com mais naturalidade o que ocorre conosco, passaremos a ter intuição da verdade e aí se iniciará um novo sentimento que projetará o nosso espírito para uma quinta dimensão que poderemos chamar de consciência.
(Livro: Um Só Caminho de Ubiraci de Souza Leal, págs. 33-34)

domingo, 5 de janeiro de 2014

Família

A família física pode ser comparada a uma reunião de serviço espiritual no espaço e no tempo, cinzelando corações para a imortalidade.

 
A família consanguínea é uma reunião de almas em processo de evolução, reajuste, aperfeiçoamento ou santificação. O homem e a mulher, abraçando o matrimônio por escola de amor e trabalho, honrando o vínculo dos compromissos que assumem perante a Harmonia Universal, nele se transformam em médiuns da própria vida, responsabilizando-se pela materialização, a longo prazo, dos amigos e dos adversários de ontem, convertidos no santuário doméstico em filhos e irmãos. A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois, através delas a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza. Além do lar, será difícil identificar uma região onde a mediunidade seja mais espontânea e mais pura, de vez que, na posição de pai e de mãe, o homem e a mulher, realmente credores desses títulos, aprendem a buscar a sublimação de si mesmos na renúncia em favor das almas que, por intermédio deles, se manifestam na condição de filhos.
(Nos domínios da Mediunidade, pág.325)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A Lei do Amor

Há algumas pessoas a quem repugna a prova da reencarnação, pela ideia de que outros participarão das simpatias afetivas de que são partes. Pobres irmãos! O vosso afeto vos torna egoístas. Vosso amor se restringe a um círculo estreito de parentes ou amigos, e todos os demais vos são indiferentes. Pois bem: para praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos . A tarefa é longa e difícil, mas será realizada. Deus o quer, e a lei do amor é o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que deve um dia matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além do egoísmo pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. Jesus disse: "amai  o vosso  próximo como a vós mesmos", ora, qual é o limite do próximo? Será a família, a seita, a nação? Não: é toda a humanidade!
(Evangelho Segundo o Espiritismo)