A consciência humana é responsável pelo estado de contentamento e paz interna ou de infelicidade e tortura mental, especialmente nos desencarnados. É bem verdade que "o céu e o inferno são estados D'alma". Contudo, a consciência tranquila pelo exercício do bem ou a consciência comprometida pela prática do mal, produzem determinados tipos de padrões vibratórios no perispírito, responsáveis pela sua sintonia com regiões aprazíveis e luminosas ou, ao contrário, faixas opressivas e sombrias, especificadas como Umbral inferior e Trevas.
Espíritos atrasados, nos quais preponderam os aspectos deprimentes do comportamento, vagueiam na erraticidade, muitas vezes, ainda vinculados magneticamente ao próprio corpo físico em estado de decomposição. Após a desencarnação, o espírito menos evoluído desperta no outro lado da vida, acusando as mesmas imperfeições, ambições, apegos, vinganças, e sensações grosseiras cultivados em vida, inclusive a sensação de dor e de sofrimento, decorrentes de uma doença grave, acidente ou suicídio.
Vejamos interessante referência colhida na obra "O Céu e o Inferno" de Allan Kardec:
Que fostes na Terra? — R. Frade sem fé.
2. Foi a descrença a vossa única falta? — R. Só ela é bastante
para acarretar outras.
3. Podereis dar-nos alguns pormenores sobre a vossa vida?
Ser-vos-á levada em boa conta a sinceridade da confissão.
— R. Pobre e indolente, ordenei-me para ter uma posição,
sem pendor aliás para tal encargo. Inteligente, consegui essa
posição; influente, abusei do meu poderio; vicioso, corrompi
aqueles que tinha por missão salvar; cruel, persegui os
que me pareciam querer verberar os meus excessos; os pacíficos
foram por mim inquietados. As torturas da fome de
muitas vítimas eram extintas amiúde pela violência. Agora,
sofro todas as torturas do inferno, ateando-me as vítimas o
fogo que me devora. A luxúria e a fome insaciáveis perseguem-me;
cresta-me a sede os lábios escaldantes, sem que
uma gota lhes caia em refrigério. Orai pelo meu Espírito.
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