segunda-feira, 6 de abril de 2015

Infinito

O Espaço é infinito. Voemos pelo pensamento. O clarão vai depressa, viajando com uma velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo. Quarenta minutos para atingir Júpiter; uma hora para chegar a Saturno, quatro horas para tocar em Netuno, sete lustros e mais um ano para atingir a estrela polar. Continuemos nosso voo em linha reta, para além das estrelas, durante mais dois séculos, e, sempre mais longe, durante dez séculos, cem séculos, mil séculos, sem parar, sempre avante, com a mesma velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo. Perdemos de vista a Terra, o sistema Solar, o próprio Sol, tornado estrela e, pouco a pouco, desaparecido; também perdemos de vistas as principais estrelas que observamos da Terra e todas as constelações que, gradativamente se deslocaram pela mudança de perspectiva; atravessamos regiões estelíferas desconhecidas ao nosso planeta;  depois imensos desertos desprovidos de sóis; roçamos em nosso voo, por mundos mais maravilhosos do que os anéis de Saturno, fantásticos cometas, sóis de clarões fulgurantes, faróis incandescentes lançando todas as cores do prisma através da imensidade; adivinhamos moradas estranhas, povoadas de seres sobrenaturais para nós outros, extraterrestres, extra-solares; porém nenhuma atração nos deteve, e continuamos nosso voo, em linha reta, durante dez mil, cinquenta mil, durante cem mil, um milhão, dez milhões de séculos, sempre com a mesma velocidade.
Onde estamos?  Que caminho percorremos? Onde está a fronteira? Onde o Universo termina?
Não avançamos um passo! Estamos no vestíbulo do Infinito! Poderíamos viajar assim, nessa mesma direção ou em outra qualquer, durante a eternidade inteira: não nos aproximamos jamais do término. Que existe para além? Novos céus ainda. É o Infinito. Sem fim. Nem alto nem baixo. Nem direita nem esquerda.
Livro: Estela- Camille Flammarion-p. 282
Hubble: A Galáxia de Sombreiro
A Galáxia de Sombreiro – assim chamada em função de se aparecer com o típico chapéu mexicano, fica a 28 milhões de anos luz da Terra e foi eleita a melhor imagem produzida pelo Hubble. As dimensões da galáxia, chamada oficialmente de M104, são tão espetaculares como a sua aparência. Ela tem 800 bilhões de sois e mede 50.000 anos luz. 

 

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