Com o transcurso dos dias, formava-se o novo corpo, célula a célula, dentro de um plano simples e inteligente. O folheto blastodérmico inferior, obedecendo às disposições do molde vivo, enrolava-se, apresentando os primórdios do tubo intestinal, ao passo que o folheto superior tomava o mesmo impulso de enrolamento, formando os tubos epidérmico e nervoso. O folheto médio assumindo feição especialíssima, dava lugar às primeiras manifestações da coluna vertebral, dos músculos e vasos diversos.
O tubo intestinal, em certas regiões, começou a dilatar-se, dando orígem ao estômago e às alças de vária espécie e revelando, em seguida, determinados movimentos de invaginação, interna e externamente, organiza aos poucos, as estrias inferiores e superiores, constituidas de pregas, vilosidades e glândulas. O tubo cutâneo começava o serviço de estruturação complicada da pele, ao mesmo tempo que o tubo nervoso dobrava-se paulativamente sobre si mesmo, preparando a oficina encefálica. Enquanto isso ocorria, as substâncias do folheto médio transformavam-se de modo surpreendente.
A primeira célula da fecundação estava transformada em um verdadeiro mundo de organização ativa e sábia. O embrião revelava-se notavelmente desenvolvido.
Na parte anteior, o tubo intestinal dava origem ao esôfago, enquanto que o intestino, com suas disposições complexas, situava-se na região posterior, internamente, fizera-se nele perfeito serviço de pregueamento, salientando-se que, na zona interior, se formavam pregas e vilosidades,e, na parte exterior , se organizavam saliências que, por sua vez, pouco a pouco se convertiam em glândulas diversas.
Prosseguia, célere, a formação de vários departamentos cerebrais, a preparação das glândulas sudoríparas e sebáceas, os órgaos autônomos, os vasos sanguíneos, os músculos e ossos. No vigésimo dia a impressão que se tinha era de um peixe.
(Missionários da Luz, p. 254, André Luiz)