1.
Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus
à sua presença, perguntou-lhe: “És o rei dos judeus?” — Respondeu-lhe Jesus: “Meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir
que eu caísse nas mãos dos judeus; mas o meu reino ainda não é aqui.”
Disse-lhe
então Pilatos: “És, pois, rei?” — Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes; sou rei;
não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade.
Aquele
que pertence à verdade escuta a minha voz.” (João, 18:33, 36 e 37.)
Jesus deixa claro que o mundo Dele não
é este, só veio para deixar os preceitos do código do bem proceder, e que Seu
mundo seria este quando todos partilhassem dos mesmos roteiros da lei cósmica
universal do Bem maior.
Partindo da ideia de que somos seres imortais e passamos pelas experiências
nos estágios em dois planos de vida, podemos supor que são momentos
transitórios aos quais na matéria pelo natural esquecimento e enraizados nos
atavismos pretéritos somos levados a pensar nas posses de coisas e de pessoas,
no usufruto dos prazeres da gula, do sexo, aos exageros exorbitando o
equilíbrio exigido. Pilatos, devido à sua posição de mando, se sentia superior
e interroga Jesus, de forma que não
consegue perceber nem crer em suas palavras, duvida, e receia, por isso “lava
as mãos” deixando a decisão para outros a fim de não se complicar, mas nesse
ato, se esquiva, se comprometendo, deixa de impor seu poder de fazer valer a justiça que naquele momento era
clara, como se dissesse: o problema não é meu,
é mais um caso a ser resolvido” Assim, constrói um túnel de
comprometimentos daquilo que deveria fazer e se esquivou por falta de decisão
corajosa e justa.
Se houvesse atenção e respeito às exortações do Evangelho e à voz sensível da
alma serviríamos a nós e aos outros de forma diferenciada. Jesus ao dizer que
Seu reino não é deste mundo tinha conhecimento daquilo que falava, nós não
alcançamos ainda essa consciência plena, e portanto devemos nos guiar pelos
ensinamentos da lei de Deus escrita nos textos sagrados e pelo que o coração
indica – a consciência divina ínsita em nosso íntimo, nem seria necessário
tanto conhecimento, basta seguir o comando de Deus dentro do ser imortal.
R.B.L.
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