A humildade é bem esquecida, os exemplos que
nos foram dados não são considerados, não lhes damos importância, porque aflora
mais forte o que se sobressai do íntimo orgulhoso. Os de sentimento fraterno,
que são verdadeiramente irmãos, se ajudam sem ostentação, sem se elevar perante
o próximo, mas age de forma a não transparecer que tem mais, e sim na ajuda
oculta, se possível. Colocando-se a humildade para isso conseguir. O contrário
estaria com as vestes brancas ocultando a escuridão de dentro, das virtudes que
não tem.
O Cristo elevou os pobres de coração da Terra,
porquanto não sabemos ainda de nossa graduação, nem das condições de
elevação de toda a humanidade perante as belezas infinitas do Universo. Estamos
dentro de uma redoma, ainda pouco conscientes de quanto há mais, e que não
sabemos, nem possuímos diante da grande escuridão da ignorância que ainda nos
acompanha. Diante disso a necessidade da humildade, da submissão às Leis
divinas e à prática dos ensinamentos evangélicos.
Os ricos materialmente que ignorarem as
riquezas da alma se não sentirem no deserdado um irmão igual perante o mesmo
Pai da vida. Mas porque Deus teria dado
condições tão diferentes à seus filhos? Devido
a cada um de acordo com suas obras, passadas e presentes, receberá as glórias
ou derrotas e oportunidades de novos aprendizados na situação mais favorável de
aprender e resinificar seus sentimentos. Em todas as jornadas haverá um término,
após esse percurso de cada existência, para a avaliação e reajuste, seja pobre
ou rico, podendo fazer a planificação para que no futuro seja ofertado o ajuste a fim de novos
aprendizados.
A todos os que passam pelas privações materiais ou morais, que tenham a paciência
e resignação para receber os frutos depois. E aqueles que ostentam nas vestes, nos títulos,
nos carros e casas, não podemos olvidar os infortúnios ocultos no íntimo que
escondem atrás da suposta alegria nas atitudes forçadas a fim de não se
revelarem.
Alguns
muitos, ainda somos os mesmos que gritaram “solte Barrabás”, que ovacionaram
nos circos romanos o holocausto dos cristãos, dos traidores, dos planejadores
de explosões de bombas em caixas eletrônicos, dos comerciantes de tóxicos, dos
pedófilos de todas as épocas, dos ambiciosos de dinheiro nos templos erigidos
em nome de Deus, mas que são os “falsos profetas”, levando multidões à distorções dos textos
sagrados. Todos seremos julgados segundo
nossas intensões nas obras boas ou não.
Ser generoso e caridoso sem ostentação, fazer com humildade, derrubando aos
poucos o orgulho . Ser verdadeiro seguidor do Cristo é avançar nos caminhos
iluminados, poder enxergar nas lentes da verdade que enobrece.
Aos que não se voltarem para o despertamento dos valores nobres interiores
gemerão e chorarão arrependidos e revoltados a principiar os caminhos das
amarguras e padecimentos futuros. Mas que tenhamos a confiança de que podemos
fazer valer nossa vivência na decência, no cumprimento fiel dos preceitos
santos do Evangelho nos ofertado pelo Divino Pastor de almas.