quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Considerações - VII.11

 

      A humildade é bem esquecida, os exemplos que nos foram dados não são considerados, não lhes damos importância, porque aflora mais forte o que se sobressai do íntimo orgulhoso. Os de sentimento fraterno, que são verdadeiramente irmãos, se ajudam sem ostentação, sem se elevar perante o próximo, mas age de forma a não transparecer que tem mais, e sim na ajuda oculta, se possível. Colocando-se a humildade para isso conseguir. O contrário estaria com as vestes brancas ocultando a escuridão de dentro, das virtudes que não tem. 
     O Cristo elevou os pobres de coração da Terra,  porquanto não sabemos ainda de nossa graduação, nem das condições de elevação de toda a humanidade perante as belezas infinitas do Universo. Estamos dentro de uma redoma, ainda pouco conscientes de quanto há mais, e que não sabemos, nem possuímos diante da grande escuridão da ignorância que ainda nos acompanha. Diante disso a necessidade da humildade, da submissão às Leis divinas e à prática dos ensinamentos evangélicos. 
     Os ricos materialmente que ignorarem  as riquezas da alma se não sentirem no deserdado um irmão igual perante o mesmo Pai da vida.  Mas porque Deus teria dado condições tão diferentes à seus filhos?  Devido a cada um de acordo com suas obras, passadas e presentes, receberá as glórias ou derrotas e oportunidades de novos aprendizados na situação mais favorável de aprender e resinificar seus sentimentos. Em todas as jornadas haverá um término, após esse percurso de cada existência, para a avaliação e reajuste, seja pobre ou rico, podendo fazer a planificação para que  no futuro  seja ofertado o ajuste a fim de novos aprendizados. 
     A todos os que passam pelas privações materiais ou morais, que tenham a paciência e resignação para receber os frutos depois.  E aqueles que ostentam nas vestes, nos títulos, nos carros e casas, não podemos olvidar os infortúnios ocultos no íntimo que escondem atrás da suposta alegria nas atitudes forçadas a fim de não se revelarem.

     Alguns muitos, ainda somos os mesmos que gritaram “solte Barrabás”, que ovacionaram nos circos romanos o holocausto dos cristãos, dos traidores, dos planejadores de explosões de bombas em caixas eletrônicos, dos comerciantes de tóxicos, dos pedófilos de todas as épocas, dos ambiciosos de dinheiro nos templos erigidos em nome de Deus, mas que são os “falsos profetas”,  levando multidões à distorções dos textos sagrados.  Todos seremos julgados segundo nossas  intensões nas obras boas ou não.  
     Ser generoso e caridoso sem ostentação, fazer com humildade, derrubando aos poucos o orgulho . Ser verdadeiro seguidor do Cristo é avançar nos caminhos iluminados, poder enxergar nas lentes da verdade que enobrece.
     Aos que não se voltarem para o despertamento dos valores nobres interiores gemerão e chorarão arrependidos e revoltados a principiar os caminhos das amarguras e padecimentos futuros. Mas que tenhamos a confiança de que podemos fazer valer nossa vivência na decência, no cumprimento fiel dos preceitos santos do Evangelho nos ofertado pelo Divino Pastor de almas.