Há
tempos que o Tribunal Eleitoral através dos fartos meios de comunicação que dispomos, vem alertando para a necessidade do recadastramento visando à registrar a biometria em toda a população eleitoral ativa.
No dia 19/12/19 depois de quatro
anos de prazo para a efetivação desse procedimento, ainda havia uma
considerável porcentagem de eleitores sem se ajustar às novas regras, que a
priori seria simples e rápida, bastando
um agendamento digital e o comparecimento à um posto ou cartório eleitoral.
Como o tempo se esgotasse, no último momento, as pessoas se
dirigiram às pressas, muitos varando a noite nas longas filas, entre a revolta
e quando não, à desentendimentos e brigas diversas enfrentando dissabores pela própria imprevidência.
Em analogia com os dias que vivemos, de finais de tempos, somos forçados a
reconhecer o hábito de deixarmos as mudanças internas sempre para
depois, aquelas que exigem de nós outros procedimentos, e incorremos às comuns
maledicências, às corrupções, às vulgaridades da sensualidade, as atitudes preconceituosas , da má vontade , à
dificuldade do perdão e da incompreensão. Assim damos ímpeto à vazão do egoísmo, do rancor e das perdas de oportunidades de trabalho para
dissolver nas horas vazias dos entretenimentos alheios ao nosso progresso moral
e intelectual, através de aparelhos e
programas televisivos sem sentido
profundo de elevação.
Quando surpreendidos pelo soar do
gongo a anunciar que a hora é chegada, e
atemorizados e perplexos, perfilaremos
as longas filas que nos levarão à longínquas
terras, onde arrependidos e
entristecidos a recapitular as jornadas
dos aprendizados atrozes a fim de atender com presteza e respeito às leis
soberanas do Criador, na prática da
justiça e do amor ao próximo e a si mesmo, como nos ensinou Jesus em seu
Evangelho de luz.
R.B.L.