quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O notável Jan Huss

“- Querido povo de Praga, agradeço sua confiança e seu carinho, que aquecem sobremaneira meu coração. É por vocês o meu trabalho, e peço a Deus que me guie nessa difícil tarefa de abrir os olhos daqueles que o mantém fechados para os erros da igreja. Os nossos dois papas, Gregório XII e Alexandre V, estão preocupados demais tentando chefiar o mundo cristão, e não conseguem compreender sua missão de restaurar os verdadeiros princípios cristãos dentro da Igreja.
Distanciamo-nos da verdade, meus irmãos, distanciamo-nos demais. A Igreja Católica desfigurou os ensinos de Jesus, a quem sirvo com todo o meu coração. É a ele que sirvo, e não à Igreja e a seus templos suntuosos, suas caras indulgências e seus cultos vazios.
- Não nos percamos nos dogmas e nas regras absurdas que do Evangelho não têm nem vestígio. Voltemo-nos para os ensinos de Jesus – estes, sim puros e verdadeiros – e os sigamos, colocando-os na prática de nossas vidas. Tal deveria ser o papel da Igreja: ensinar as verdades que Jesus trouxe à Terra, sem interesses mesquinhos de poder. O poder da Igreja precisa ser contido; não pode continuar a ser ilimitado, ferindo e matando em nome de Jesus.
Agradeço a confiança que por mim depositam, e prosseguirei o meu trabalho, sem descanso, até que tenhamos  o verdadeiro Evangelho dentro de nossos templos. Que Deus nos abençoe.”
Este foi  último sermão ao povo, após sendo  convidado a participar do Concílio de Constança.  Lá fora preso e julgado pelo clero e considerado  herege por desafiar a autoridade da Igreja.
Após a sentença Jan respondeu:
“ – Estou pronto para morrer na verdade do Evangelho, que ensinei e escrevi. Morro a serviço de Jesus e de seus ensinamentos.”
Ao alcançarem o local preparado para a execução, despiram-no, amarraram-no a um poste, ajuntaram lenha à sua volta e lhe puseram fogo. Tão logo o amarraram, Jan Huss, viu-se circundado pelas entidades espirituais que o amparavam. O grupo de espíritos envolviam o corpo físico de Jan Huss em intensa energia, anestesiando-lhe os centros nervosos e atenuando a dor do fogo em sua pele. Convicto de sua decisão, ele não sentia medo. Ao contrário, a bela visão que tinha era o prenúncio das alegrias que o aguardavam ao transpor aquele momento, e ele elevou, em meio às chamas, melancólico canto ao Pai Celestial!
Nos bastidores, falange de espíritos renitentes do mal, que insistiam em opor-se a Deus e a Jesus, comprometidos em impedir o progresso da Terra, agiam de forma muito organizada, buscando sufocar todas as formas de manifestação da verdade. Tinham os homens sob seu controle por meio dos líderes da Igreja Católica Romana, que muitas vezes sem consciência os serviam. Reunidos em Conselho, para avaliar o caminho a trilhar, já que agora Huss estava liquidado, premeditavam outras providências:
- "Diante das reformas religiosas, estudemos de perto os protestantes e suas fraquezas, que por certo todos têm. O orgulho dos homens prossegue sendo nosso maior trunfo. Vamos aprisioná-los à letra, afastando-os da essência à qual muitos se ligam com genuína devoção. Transformamo-los escravos da letra morta da Bíblia, instaurando confusão em suas maneiras de compreendê-la.  À medida que se agarrem ao limitado entendimento da Bíblia , em seu zelo pela verdade, poderemos criar entre eles a incompreensão, a desunião e seu conseqüente enfraqu,ecimento. Irão se perder. O orgulho fará o resto, e logo se tornarão nossos servos outra vez."
Mas Jan Huss, retornou tempos depois como  Allan Kardec, trazendo novamente a mensagem do Evangelho redivivo, do cristianismo primitivo.
(Livro: Jornada dos Anjos, p.218- 250-257)

                                                  Allan Kardek



        Jan Huss


             



              

domingo, 12 de outubro de 2014

Despertar

                                                                                          fcesarblog.blogspot.com
O tempo é curto. É imprescindível estarmos prontos e disponíveis para fazer o trabalho que se apresenta diante de nós. Não percamos momentos preciosos correndo atrás  de ilusões efêmeras, que não nos levarão a nada.
Acordemos do longo e pesado sono que nos entorpece os sentidos e, principalmente, a percepção espiritual, dificultando nossa compreensão do que é verdadeiro e perene.
Façamos uso da prece e não nos permitamos adormecer de novo. Abandonemos definitivamente a atitude que nos afasta de Deus e traz sobre nós profundo sofrimento.
É hora de despertar!
Que Jesus da luminosa morada onde nos aguarda há quase dois mil anos, nos ajude a trilhar o caminho do bem, da renúncia e do amor libertando nossas consciências e nossas vidas para iniciarmos a jornada da iluminação interior, rumo à perfeição do Criador.
Que o Mestre  Jesus envolva nossos corações, bem como nossa morada terrestre, em fulgurante esperança de renovação.
(Prefácio de Lúcios no livro Jornada dos Anjos)